
Segundo estimativas, o prejuízo real total chega a mais de R$ 7 bilhões: 2010-2015 – R$ 800 milhões; 2016-2018 – R$ 1,2 bilhão; 2019-2022 – R$ 2 bilhões; 2023-2025 – R$ 3 bilhões (confirmados em investigações).
BRASÍLIA – O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse nesta terça-feira (10) que ainda não tem o número final dos descontos indevidos feitos por entidades associativas nos pagamentos a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas que estima que o valor fique entre R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.
O ministro deixa de lado informações de que os desvios do dinheiro dos aposentados estão sendo praticados desde 2012. O esquema de descontos ilegais na folha de aposentados e pensionistas do INSS é um problema estrutural que atravessa diferentes governos desde pelo menos 2010. O modelo permissivo de consignações foi explorado por centenas de entidades com fins escusos ou fictícios, resultando em prejuízos bilionários para a população idosa e para a imagem do sistema previdenciário brasileiro.
Segundo estimativas, o prejuízo real total chega a mais de R$ 7 bilhões: 2010-2015 – R$ 800 milhões; 2016-2018 – R$ 1,2 bilhão; 2019-2022 – R$ 2 bilhões; 2023-2025 – R$ 3 bilhões (confirmados em investigações).
Nivelando por baixo
“Eu acredito que seja algo em torno entre R$ 2 bilhões a 3 bilhões de reais. Seis bilhões de reais seria se todas as pessoas tivessem sido descontadas durante o período máximo do prazo prescricional de cinco anos e todas elas tivessem descontos não autorizados”, afirmou o ministro durante audiência conjunta das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família na Câmara dos Deputados.
A se considerar a fala do ministro, já se deixa de lado um volume de recursos roubados superior a 4 bilhões de Reais.
Aos deputados, Wolney disse ainda que o número exato só será conhecido após o término dos atendimentos aos aposentados e pensionistas, pelo aplicativo Meu INSS, agências do INSS e dos Correios. Cerca de 3 milhões de aposentados e pensionistas pediram o ressarcimento de valores indevidamente descontados.
Esta também é uma outra posição do governo federal que deixa dúvidas quanto à sua eficiência por diversos fatores que vão desde ao efetivo alcance dos prejudicados como o processo adotado para verificação, jogando o problema para aqueles que foram alvo da prática.
Pessoas (multidão) ou árvores (meio ambiente poluído)?
“Não temos esse número ainda porque ele a por uma autodeclaração. Nós temos, por assim dizer, uma floresta de nove milhões de pessoas que foram descontadas, em algum valor, durante algum período. Só depois que cada uma delas diga se concordou ou não com o desconto vamos fazer essa conta”, continuou.
Dados apresentados pelo ministro apontam três associações mais contestadas por aposentados e pensionistas por descontos irregulares entre 2021 e 2022. Juntas, elas somam 22% dos requerimentos registrados até 8 de junho, um total de 689.419 reclamações.
Com informações da Agência Brasil, texto final de realradiotvbrasil e apoio da IA.